se no Moraes eles te mimam
com o copinho de chocolate e licor, aqui temos limoncello caseiro; mimo ao quadrado!
Na semana passada escrevi sobre a minha decepção com uma antiga cantina,
que frequentei durante toda a minha vida, e hoje se transformou em um lugar
intragável, em todos os aspectos. Isso me fez lembrar do livro Guia da
Culinária Ogra, no qual André Barcinski comenta que escrever o capítulo em que indica bons restaurantes italianos foi a mais difícil, porque apesar da grande
oferta, principalmente para quem mora na Bela Vista ou no Bixiga, a
qualidade da comida foi se perdendo com o tempo, e hoje a regra é algo
gordurento e pesado, muito longe da ideia de comida de avó, que a
inocente aqui sempre carrega quando entra em uma dessas casas.
De
fato, está difícil, principalmente para quem não acha normal gastar cem
reais por cabeça apenas por querer comer um prato de massa e uma taça
de vinho. Sei de toda a problemática que os donos de restaurante tem,
com uma tributação infinita e exigências administrativas quase
impraticáveis, mas se existem lugares como o Moraes e a Cantina
D'Angelo, é porque isso é possível.
E foi assim, em mais um almoço com meu pai,
que conheci esse restaurante tão agradável, repleto de quadros e
garçons das antigas, um lugar no qual você entra e se sente em casa, é
recepcionado pelo dono, come comida de verdade, a um preço honesto, toma
uma taça de vinho e sai satisfeito. Se no Moraes eles te mimam
com o copinho de chocolate e licor, aqui temos limoncello caseiro; mimo ao quadrado!
Ah, e para
os que gostam de colocar a mão na massa, o dono do restaurante não é de negar receita, muito
pelo contrário, tem muito prazer em explicar o passo a passo. Acho
que sim, ainda existe amor em SP...
Rua Humaitá, 258
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