sábado, 15 de junho de 2013

bolo de pera com gotas de chocolate, regado com o melhor rum que já provei #ComidaPraViagem

Bons ingredientes, frutas da época, ovos orgânicos (ou caipira) e chocolate de qualidade (com maior teor de cacau); some a isso os seus sabores prediletos, prove a massa e deixe que o bolo fique um bom tempo no forno, à temperatura mínima. Garanto que não tem como errar; use a forma que tiver, desde que não seja com antiaderente, faça um bolo grande ou vários pequenos, e depois me conte se dá para engolir o gosto de gordura barata do bolinho da padoca...

3 medidas de farinha
2 medidas de açúcar
1 medida de líquido
1 medida de óleo
3 ovos
1 c.sopa de fermento

 *medida equivale a um copo de 180ml*

Essa é a receita mais básica possível, o bom e velho bolo de sempre, que nunca me deixou na mão, que nos acompanha para todos os cantos, tão perfeito que pode ser preparo em pouquíssimos minutos, suja pouca louça e fica assando lentamente, por mais de uma hora, enquanto tomo banho, me arrumo e junto as tralhas do cão e do marido, antes de irmos para a casa do nosso amigo. 

Essas são as medidas da receita básica, mas não se engane porque esse é um bolo que pode ser preparado para o resto da vida, sem que um fique igual ao outro. A farinha de trigo não precisa ser a branca, pode ser a integral; comece com uma mistura e depois tente um 100%. Mas quem disse que tem de ser farinha de trigo; tente uma mistura de duas medidas dela para uma de outra farinha, como a de aveia, de arroz, de castanhas ou de centeio. O óleo não precisa ser apenas esses de milho/girassol ou canola, que sempre temos em casa; pode ser azeite, óleo de amendoim ou de linhaça. Gosto muito do óleo de coco, e costumo acrescentá-lo para dar sabor à massa, mas nunca usei-o como medidad de gordura O açúcar pode ser demerara, cristal ou mascavo, ou ainda uma mistura deles. Pode-se diminuir um pouquinho a quantidade de açúcar e acrescentar uma ou duas colheres de mel ou de geleia; não tenha medo de provar a massa. O líquido pode ser leite, iogurte, leite de coco, leite de castanha ou de cereais, ou ainda uma mistura deles, como costumo fazer; espremo uma laranja dentro do meu copo de medida, e completo até a borda com leite de coco.

Para variar ainda mais, coloque na massa uma fruta ralada ou amassada, especiarias como canela, cravo, gengibre, semente de anis ou pimenta da jamaica; castanhas quebradas ou cortadas, gotas de chocolate e/ou coco fresco ralado. Para dar aquele ar licoroso ao bolo, depois que já tiver assado e esfriado, derrame algumas colheres de suco e/ou bebida, que pode ser rum, cachaça, whisky ou aquele licor de amêndoas; suco de laranja misturado com uma colher de sopa de óleo de coco dá brilho em qualquer bolo. Para finalizar, raspas de cítricos, gotas/raspas de chocolate, cacau polvilhado, castanhas quebradas, geleia, doce de leite, goiabada cremosa ou outra compota. Frutas assadas ou aquecidas em uma frigideira são um acompanhamento simples, fácil de fazer e que sempre agrada.

A manjada regra do palito é usada por todos, porque bolo cru é algo que realmente não tem como disfarçar. Com o tempo descobri que assar muito bem um bolo feito com farinha integral é absolutamente fundamental para que ele mostre todo o seu potencial. Não tenha medo e deixe que seu bolo fique com uma cor dourada bem bonita; não tem problema nenhum se ele demorar mais de uma hora para assar, desde que a temperatura do forno esteja no mínimo! 

Uso esse discurso há anos, mas é com a propriedade de quem compra quilos de farinha integral, e só tem farinha branca para fazer rocambole e focaccia. A farinha integral tem de ser de excelente qualidade; se não encontrar uma orgânica, melhor usar uma mistura da branca com outro tipo de farinha, porque essas integrais baratinhas deixam o bolo com gosto e textura ruins. A culpa das pessoas dizerem que não gostam de farinha integral não é dela propriamente dita, mas da qualidade da farinha que usam por ai. E sempre peneire a farinha, devolvendo a massa os farelos que ficarem presos na tela.

Bons ingredientes, frutas da época, ovos orgânicos (ou caipira) e chocolate de qualidade (com maior teor de cacau); some a isso os seus sabores prediletos, prove a massa e deixe que o bolo fique um bom tempo no forno, à temperatura mínima. Garanto que não tem como errar; use a forma que tiver, desde que não seja com antiaderente, faça um bolo grande ou vários pequenos, e depois me conte se dá para engolir o gosto de gordura barata do bolinho da padoca...



Peguei duas tigelas grandes, um copo de iogurte vazio, que uso como medida, uma peneira grande, um fuê, uma colher grande e uma forma grande. Acendo o forno na temperatura mínima e começo a medir os ingredientes.

Em uma tigela grande, peneiro 3 medidas de farinha e 1 colher de sopa de fermento; como gosto de variar, usei 2 medidas de farinha de trigo integral e 1 de farinha de centeio. Uso sempre as melhores farinhas que puder, porque elas contribuem muito para o sabor.
Em outra tigela grande bato 3 ovos e misturo 1 medida de açúcar mascavo, 1 medida de açúcar demerara, 1 medida de óleo, 1 medida de líquido*, duas peras raladas, raspas da casca de uma laranja, uma colher de sopa de canela em pó, uma pitada de cravo em pó e uma colher de sopa de óleo de coco.
*espremi uma laranja dentro do meu copo de medida, e completei até a borda com leite de coco.
Misturo tudo, delicadamente, adiciono uma medida generosa de gotas de chocolate belga e deito a massa em uma forma com o fundo untado. Coloco o timmer para me avisar depois de uma hora, mas geralmente ele fica assando até uma hora e quinze uma hora e meia.

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